sexta-feira, 3 de abril de 2009

Quem é especial nunca sai da nossa memória

Fiquei surpreso com o que vi essa semana.

Uma linda homeganem à minha madrinha, irmã da minha mãe, uma competente fotógrafa que trabalhou no Jornal Pioneiro, de Caxias, minha terra natal, e faleceu muito jovem, vítima de câncer.

Queria pelo meu blog agradecê-lo por nos trazer mais uma vez a memória dela à tona. E nos fazer chorar não de tristeza, mas de alegria, alegria que era a marca registrada dela, e com certeza além de estar lá em cima tirando belas fotos, NÃO QUER NOS VER LEMBRANDO DELA COM TRISTEZA.

De ela estiver, sei que está olhando por nós, disso eu não tenho dúvida.

Agora segue o que o jornalista gaúcho do Jornal Pioneiro escreveu:

CARLA PAULETTI
Dia desses recebi um e-mail, direcionado ao meu blog, de uma pessoa que se identificou como Carla Pauletti.
Era um recado impublicável, por isso as palavras não se tornaram públicas e, infelizmente, não puderam ser comentadas por outros internautas.
Fui para casa naquela noite pensando em uma pessoa que tive o privilégio de conhecer e que tinha o mesmo nome...Carla Pauletti foi uma das mais importantes fotógrafas da história de Caxias.

Eu tive o prazer de conviver e trabalhar com ela aqui no Pioneiro, entre 1994 e 1997.
Mesmo quando eu atuei em outro jornal, mantivemos estreitos laços de parceria e cordialidade. Ela era profissional, sorridente, lutadora. Jamais entendia uma pauta como ruim.
Ela saía de uma solenidade muitas vezes enfadonha para uma pauta policial com o mesmo arrojo e brilho no olhos dos focas que pisam pela primeira vez em uma redação.
Nunca foi covarde ao encarar sua profissão.

Aliás, covardia geralmente tem a ver com anonimato. Carla era autêntica.
Todos os dias passo por uma rua chamada Carla Pauletti, que morreu muito jovem, 33 anos, vítima de uma doença.

Quando vejo o nome dela na plaquinha que identifica a rua do bairro Colina Sorriso, lembro de alguém que era inesgotável na sua arte de trabalhar e de se comunicar com as pessoas.
Tanto que a fotógrafa decidiu trabalhar até as últimas forças.

Agora vou relatar algo que nunca contei a ninguém. Mesmo abatida, Carlinha era forte.
Mas um dia ela desabou. Era de tarde, naquela longa escadaria que dá acesso aos prédios da Polícia Civil de Caxias.

Enquanto esperávamos um carro para nos trazer para o jornal, ela sentou com a máquina fotográfica no colo e chorou.
Em seguida, suspirou baixinho dizendo que gostaria de poder viver um pouco mais. Eu não tive força para dizer sequer uma palavra, apenas escutei.
Embarcamos no carro e mais nada foi dito. Nem precisava. O silêncio disse tudo.

Com certeza, Carla Pauletti está fotografando belos lugares no céu, que certamente precisa de gente como ela para ser ainda melhor.

Aliás, ela faz falta por aqui também.

Ano novo, vida nova (antes tarde do que nunca)

Andei muito ausente do meu blog, mas voltei!

Em breve muuta coisa nova sobre a minha vida e de tudo que eu gosto.

ATT.